Primeira Ação de Aprendizagem



1º FÓRUM DE APRENDIZAGEM: "Linhas tortas"

A Professora Márcia Ambrósio propôs que assistíssemos o clip criado pelo rapper Gabriel "O Pensador" "Linhas tortas" e depois participássemos do 1º fórum de aprendizagem. Para tanto, apresentou-nos algumas questões contextualizadas na teoria estudada, cuja participação efetuada por mim está apresentada abaixo:
Ao afirmar que “a aquisição das habilidades de leitura e escrita depende muito menos dos métodos utilizados do que da relação que a criança tem desde pequena com a cultura escrita” Ana Teberosky provoca uma reflexão bastante interessante em relação ao processo de alfabetização. É inegável que o contato constante da criança com um ambiente letrado é fator muito importante e em alguns casos decisivos para a construção das habilidades de leitura e escrita, contudo, considerando que, embora estejamos inseridos em uma sociedade onde a escrita esteja presente o tempo, nem todas as crianças estabelecem uma relação mais intima com a mesma. Um grande percentual só vai ter um contato maior com a leitura e a escrita nas séries iniciais. Nesses casos, os métodos são sim decisivos, pois cada criança tem uma necessidade diferente, como ressalta Soares (2003), “são muitas as facetas da alfabetização” e o método que auxilia uma criança pode não ter o mesmo significado para a outra. Por isso é tão importante que o professor alfabetizador esteja atento às necessidades e peculiaridades de cada indivíduo, para mediar essa etapa que pode ser tão simples para uns e tão angustiante para outros.
Os recursos tecnológicos como a informática podem ser positivos para o incentivo à escrita, principalmente para as crianças que apresentam dificuldades, desde que sejam direcionados para isso. Nesse sentido, acredito que a postura do adulto que conduz a atividade é decisiva, pois é muito cômodo colocar a criança no computador e deixá-la escolher joguinhos e atividades de colorir, mesmo havendo vários softwares que estimulam o raciocínio, incentivam a criação e produção escrita, além da leitura. Como ressalta Teberosky, “os recursos tecnológicos não substituem o texto manuscrito durante a alfabetização”, por isso é preciso usar o computador como aliado e não como substituto.
As dificuldades na alfabetização têm aparecido constantemente em nossas escolas e certamente se houvesse uma estreita relação da criança com a leitura e a escrita desde pequena isso a auxiliaria nesse processo, contudo não é apenas esse fator o responsável pelos problemas de ineficiência na alfabetização. Tampouco o professor pode ser apontado como culpado. Contudo, ainda que não seja o responsável, o professor não pode eximir-se de tentar, de buscar métodos diferentes e de proporcionar uma aprendizagem significativa. Com a prática de leitura e escrita contextualizadas, valorizando a produção espontânea e introduzindo a criança no universo da literatura, o professor pode incentivá-la a gostar de ler e a escrever, a ter prazer com a atividade realizada, como diz Gabriel “o Pensador”, na música “Linhas Tortas”, escrever é viciante e quem gosta e o faz por prazer é visto com certa estranheza pelos demais, afinal o comum é não gostar de escrever, ou escrever por obrigação. Talvez esse seja um grande erro da escola, pois antes de conquistar a criança para o universo da leitura e da escrita, ensina-a a ler e escrever por obrigação.

Referências:

SOARES, Magda Becker. (2004) Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação, 25:5-17. Disponível em < www.scielo.br/pdf/rbedu/n25/n25a01.pdf/> Acesso em 01 de jul. 2013

Entrevista à Nova Escola: Ana Teberosky: ''Debater e opinar estimulam a leitura e a escrita''. Disponível em: < http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/debater-opinar-estimulam-leitura-escrita-423497.shtml> Acesso em 01 de junho de 2013.

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